sushi
Antes de ser conhecido tenho de fazer com que me conheçam, estou a pensar no assunto! O argumento é bom, a argumentação nenhuma, ainda melhor!! Bom é altura de dizer que quero que me leiam, só falta dizer para quê: essa resposta não terá pergunta anterior à escrita!!!
Já exclamei como quem escama o peixe, está a ser servido. Quero ser o autor do conto a contas com consideração considerável, reconsidero: se não disser para que quero que me leiam porque hei-de ser lido? Porque hei-de escrever?? Porque escrevo???
A minha mãe chama-me para a mesa, tenho de obedecer, nem sequer posso levar o caderno, não se escreve à mesa. O meu pai está surdo, a avó tem dificuldade de segurar a dentadura, a minha filha porta-se como uma senhora, apresento-me assim, em família.
Gostava que gostassem de mim e pensassem como agora escrevo de barriga cheia, tendo o cuidado de dizer não ter enchido demais o estômago. Ser civilizado como o Jacinto da Cidade e as Serras, mencionar Eça. Esta me pareceu uma boa referência naturalista, deixemos o realismo para o referido, continuo sem saber o que vou contar.
A culpa é da personagem principal dos meus contos, o leitor. Ainda ninguém respondeu ao primeiro, não se lembrem de me desmentir... Não há perigo, o desconhecimento aqui serve de desculpa à margem da Lei. Aqui só entra a lei que me atura, a leitura que a(com)panha a escrita.
Fica bem ter uma filha, pais e avó, comovi-me, mas continuo sem ter história. Amanhã acordo de certeza com uma, pedi-te carícias apropriadas ao próprio... para depois escrever! Já só falta dormir e ainda vou ler, não há nada a fazer, é como se fosse uma questão de principio, vou acabar, parágrafo.
*
Despes-te com a tranquilidade de quem se despe e fica nua, transmitindo: este é o meu corpo, esta sou eu. Faço o mesmo: este é o meu corpo, aquele que faço. Claro, só te posso dar o que podes fazer...
Deste modo tranquilo continuaria o nosso conto, mas já não conto, cheguei ao Fim.
Já exclamei como quem escama o peixe, está a ser servido. Quero ser o autor do conto a contas com consideração considerável, reconsidero: se não disser para que quero que me leiam porque hei-de ser lido? Porque hei-de escrever?? Porque escrevo???
A minha mãe chama-me para a mesa, tenho de obedecer, nem sequer posso levar o caderno, não se escreve à mesa. O meu pai está surdo, a avó tem dificuldade de segurar a dentadura, a minha filha porta-se como uma senhora, apresento-me assim, em família.
Gostava que gostassem de mim e pensassem como agora escrevo de barriga cheia, tendo o cuidado de dizer não ter enchido demais o estômago. Ser civilizado como o Jacinto da Cidade e as Serras, mencionar Eça. Esta me pareceu uma boa referência naturalista, deixemos o realismo para o referido, continuo sem saber o que vou contar.
A culpa é da personagem principal dos meus contos, o leitor. Ainda ninguém respondeu ao primeiro, não se lembrem de me desmentir... Não há perigo, o desconhecimento aqui serve de desculpa à margem da Lei. Aqui só entra a lei que me atura, a leitura que a(com)panha a escrita.
Fica bem ter uma filha, pais e avó, comovi-me, mas continuo sem ter história. Amanhã acordo de certeza com uma, pedi-te carícias apropriadas ao próprio... para depois escrever! Já só falta dormir e ainda vou ler, não há nada a fazer, é como se fosse uma questão de principio, vou acabar, parágrafo.
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Despes-te com a tranquilidade de quem se despe e fica nua, transmitindo: este é o meu corpo, esta sou eu. Faço o mesmo: este é o meu corpo, aquele que faço. Claro, só te posso dar o que podes fazer...
Deste modo tranquilo continuaria o nosso conto, mas já não conto, cheguei ao Fim.
2 Comments:
A Cidade e as Serras?
E por que não o conto "Civilização"?
Afinal um parece ser parte do outro, sem se saber ao certo qual deu origem a qual.
Amiga,
a minha tentação
é o romance
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