domingo, fevereiro 14, 2010

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cartas

duas cartas sem tempo Muito tempo passou desde a minha última carta manuscrita, seja esta uma surpresa para os dois. Não estranhes a minha simplicidade em levar tudo a sério, acredita, ainda não tinha visto a água a correr nas costas da fotografia onde apareces com a mangueira passando entre as pernas, antes da água te molhar. Não a ti mas à imagem que me enviaste e para mim és tu…
Seria sem lógica querer explicar com lógica o fenómeno bacoco da minha credulidade crente, em tudo te vejo, mais que me deixar iluminar por ti, encandeias-me! E agradeço-te, sou muito mais feliz assim. Quanto à foto onde a língua saboreia à “sombra” da cabeça que não me deixa ver entre as tuas pernas, podia ser eu!
Curioso, dizer o outro lado “sombra”. Ainda para mais sendo o “outro lado” o rosto na cabeça, e, a língua a afundar-se, exercer uma função inovadora, sem sombra e sem sobra: obra… Obra traduzir este significado, exactamente onde ficamos dentro delas… fecundas aberturas de todo o conhecimento.
Também não esperes que use aqui a língua, sóbrio visito as so(m)bras… Mergulhei de cabeça nesta ideia de te escrever para me surpreender, segura-me na cabeça enquanto…
hoje
Quando olho para ti
surpreendo-me
com o pau na mão
em súbita excitação!

Começo a acariciá-lo
enquanto te conto
ter voltado
ontem

e
para
meu tesão
tu me beijas

e
ficamos nisto...

e... quem deseja acabar?

A minha cara de surpresa fica aí, olhando por cima duma mesa...
Sim, continua... Em breve te darei meu leite, derramado em tua boca, para ser mamado. Quente, escorrente, potente, meu pau te erga e te converta em puta soberba, cabra enrabada, onde deixo minha piça entalada, gozando teu cu, minha querida!