quinta-feira, fevereiro 18, 2010

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a cena dum cenário, acena

Deves ter uns olhos lindos... que seja essa a causa e este o e-feito:

Devo dizer e essa é a verdade, só a verdade, toda a verdade: devo dizer que te quero ver! Não devo, é bom de ver, só devemos o que não temos pago e eu acabo de pagar o que devia. E fica assim? Está pago! Apago?...
Acabei de escrever um poema com um A., Anónimo. Tenho na sala um espelho de corpo inteiro num suporte estilizado, serve de tudo: escultura, biombo, espelho… Quando quero ser Anónimo, vou olhar as suas costas e, à altura dos olhos, passarei a ler:

BEBA BELA, BEBA… BELEZA!
Os mistérios da vida e do amor
estão servidos, prontos, ao dispor
Agitados, misturados, prontos a ser
servidos onde agora mesmo estás a ler
São apenas esta leveza quase insistente
onde se resume em síntese o existente
Versos que te falam da beleza do sentir
quando entregue ao sentido dança devir
Agora acaba a música e fica com a beleza
a sonhar com o sentido no que foi leveza
A.

Lembrar-me-ei sempre de ti!