segunda-feira, março 14, 2005

Leste

Completo hoje esta Rosa dos Ventos, percorrendo os pontos cardeais desta apresentação onde apenas me falta a conclusão. Escrevo-a no caderno, elemento cénico que também passa a figurar. Pois vou transcrever uma prosa de ontem, fechando um ciclo onde estou num cume... atingindo um cúmulo?, um cirro?, um estrato?, uma nuvem passageira... informal q.b..
Ao transcrever cito-me!! Ergo bandarilhas e simultaneamente invisto!! É o espectáculo total, o gozo Z: zénite total!!
«A visão romântica da Poesia como uma arte de espíritos apaixonados, é isso mesmo: uma visão romântica. Uma boa visão, melhor que qualquer outra, mas “uma ideia feita”. Assente sobre o (in)equivoco impulso que a maior parte das vezes leva à prática e mesmo à descoberta: escrever para o “outro” que preenche quem escreve.
Resulta a ideia de sermos “outro” neste querer expor ou retirar... o poema à Poesia! A Poesia faz-se e, por vezes, fica inesquecível: um verso, um poema ou frase. O meu poema é este: SE/se, foi escrito à mão e constitui-se uma visão ética, estética, poética... do poema-poesia: um permanente ensaio, para me ensaiar a pensar a “arte poética”.»
Se tivesse pensado nisto como um post, devo ter pensado?, dar-lhe-ia o nome posto, para isso?, entre aspas: arte poética (ars poética). As interrogações colocam uma questão pertinente, o que sabemos do que escrevemos? De que cor é a certeza? Onde nos conduz a vontade? E, como é bom ser inteligente!?...
São os últimos ingredientes para um hipotético leitor se interrogar sobre o hipotético escritor, este heterónimo. Não vou perder tempo com o caso, caso não me ocorra nenhuma ideia fantástica até amanhã!
Acabo a Leste e tu... lês-te leitor/a? É uma escolha pessoal... sempre.
Assim Mesmo